quinta-feira, 5 de julho de 2012

Corpo


Palavra é sangue.
É rio de plasma onde quero rubro escrever o livro das santas horas.
O livro das minhas lamentações rasteiras, dos meus dias que inventei e de quando fui costume de cristal pra brincar escuridão na mansidão do coração.

Verso é veia.
Faço aprendizagem de espelho pra nele calcular métrica cínica de criação.
Rima insolente de um sorriso.

Poema é corpo.
Quem sabe eu não me comece soneto.
Talvez uma ode.
Não.
Não me atrevo com representações fúteis da minha existência.
De mim nasce apenas uma imagem onde colho simples a generosidade lúdica do verso livre.

Poesia é ser.
E sou jardim pertencido de poesia?
Não.
Poesia é o que a gente usa pra regar pezinho de verso.

3 comentários:

  1. Olha o que eu te disse da escolha de palavras dramáticas!! Este já começa assim!! hahahahahaha.. Quando vagar um personagem na minha novela mexicana eu te chamo pra fazer um teste de elenco! ;)

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  2. Fora os deboches, inicio denso, finalizando delicadamente! Gostei, mas da saída do que da chegada! Devia estimular mais este seu lado! :D

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    1. É uma possibilidade. E farei o teste sim! rs Sugestão recebida e acolhida! ;)

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