Faz mais de rio que não vejo o sonho.
Quando eu fazia arte na existência, meu pai castigava
infância com vara de marmelo.
Meu pai tinha uma voz de trovão.
Hoje tem doçura de arrebol.
Cheira à terra molhada a nostalgia do meu pai.
O segredo de mim é vário. O do meu pai é noite.
Sou poeta, caso perdido.
Desisti de mim quando borboleta escreveu azul na minha
mão.
Fui me sendo menos quando me vi de pé na fila de espera do
meu sorriso e quando musa me cantou um desapego fúnebre com paramentos de abismo
escolhido de girassóis.
Poesia de ônibus faz mais música que vento em árvore.
Palavras me escravizam de dezembro.
Ownnnnnnnnnn... Tão singelo! <3
ResponderExcluirAo ler em voz baixa baixa, pensamentos altos, pensamentos seus tornaram-se meus e me conduziram a nostálgicas tardes de chegada, buscando doces escondidos, meu pai, tão distante, de corpo e coração, tão presente se fazia a cada despedida. Lindo este! O mais bonito!
ResponderExcluirHaha! Também gosto muito desse! Sou muito agarrado com meu pai! Aí fiz esse lembrando dele quando eu era pequeno! rs
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