Minha lógica
é a de seguir a inconstância,
o improvável.
E minha
ciência se confirma no hipotético,
no imagético.
O meu 2 + 2
tem perfume de um 4 azul.
E meu corpo
em repouso é inerte de uma existência frasal.
Sou cientista
do dessaber, observador do que não existe.
Eu passo
horas registrando o que não existe.
Até já fui
onde não existe e me perdi na hora de voltar.
Lá onde não
existe, sabiá palmeira o canto que sai da terra.
Sou concluído
de loucuras, concursado pra insanidade.
Minha razão
me desorgulha. Sou letrado em tropeços verbais.
Meu
dicionário tem verbetes molhados e meu microscópio serve pra ver despropósitos
no meu olho.
Eu faço
alquimia nas palavras (eu desvirgino a palavra até ela se orgasmar pra poema).
Estou em
estado de fusão poética: minhas palavras se desmancham no papel e inúteis que são, se
perdem num poema desimportante.
Esse eu vou facebookear! Amei... ^^
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